domingo, 29 de abril de 2012

Amizades pós-UFF

Olá!
Não sei quanto a vocês, mas o meu maior medo ao entrar na UFF não era não conseguir nota, ou levar uma bala perdida, meu maior medo era das pessoas não gostarem de mim. Eu sei, eu já disse isso, mas reforço essa afirmação porque o assunto de hoje é amizade depois da UFF.
Todos vocês sabe que eu não participei do meu trote (vide primeiro post), então eu entrei na turma com uma pequena desvantagem, ainda não era conhecido (a não ser pelos meus comentários no facebook).
No meu primeiro dia de aula as pessoas foram simpáticas comigo, porém eu estava um pouco hostil quanto à reciprocidade da simpatia. Sou uma pessoa um tanto quanto psicótica, costumo enxergar coisas que talvez não existam, TALVEZ! 
Voltando um pouco na história, no dia das inscrições nas disciplinas eu também não tinha conversado com ninguém, ou melhor, eu pedi uma caneta emprestada para a Uly (essa garota é adorável, muito simpática). Porém, naquele dia eu vi que eu deveria tentar me enturmar ou passaria quase 5 anos solitário. As pessoas já estavam se conhecendo, se habituando umas com as outras, e eles tinham vantagem, eram do Rio!
O medo é uma coisa muito intrigante, ele nos impulsiona a fazer coisas que nós nem sabíamos que éramos capazes. Bom, em mim ele só causou medo mesmo. 
Retornando ao meu primeiro dia de aula. Eu faltei à aula da manhã, pois tinha acabado de chegar de Minas, e na república onde eu moro não havia ninguém, mas isso é história pra outro dia. Finalmente alojado, vesti minha bermuda, coloquei uma camisa amarela (super amarela) escrita Jesus TRANSforma (isso mesmo TRANSforma), e fui pra escola. Cheguei lá e vi todo mundo conversando no hall de entrada como se fossem amigos de outros tempo, e disse a mim mesmo "Sou um imbecil!". Sério, naquela hora eu me achei o cara mais ridícula da face da Terra. Sabe aquele momento em que você olha para as pessoas que estão ao seu redor e se pergunta o que está fazendo ali? Assim eu me sentia, tive vontade de voltar pra Ita(ninguém conhece)bira. Resolvi tentar puxar assunto com a primeira pessoa que me olhasse. Não deu certo, e perguntei pra alguém onde era a aula do 1º período, e ela me respondeu brevemente que não sabia, tentei de novo, perguntei se ela já tinha tido contato com a enfermagem antes, ela disse não, ou melhor, ela balançou a cabeça indicando um não. Desisti, subi as escadas e me informei com outra pessoa, e encontrei a sala. Quando eu entrei já tinha várias pessoas lá, sempre conversando, e eu parecendo um idiota vindo da roça. Uma alma bondosa enviada por Deus pronuncia a seguinte frase: "Você é o garoto do face né? Marlon é seu nome, não é?"
Aleluia, alguém iria conversar comigo!
Me virei e disse "Sim, sou eu!". A alma enviada por Deus era a menina do black (super estilo) power.
Me alegrei cedo demais, ela apenas completou "Prazer, Mayara!".
Fui estupido em não tentar dizer mais alguma coisa, mas fazer o que né? A aula já havia começado, e agora eu percebia que não ter ido ao trote era quase um suicídio social.
Quanto drama meu Deus! Algumas pessoas vieram conversar comigo depois da aula, por causa da minha camisa, mas foram diálogos curtos e diretos. Fui para casa sem nenhuma perspectiva de melhores amigos.
Aquele tinha sido um dia ruim, cheio, e super cansativo. Na manhã seguinte estava de humor mais doce e disposto a me enturmar. Nem me lembro mais que aula era, acho que de UEVA, só sei me sentei atrás de uma garota com os cabelos cacheados e cheios, parecia uma floresta de cachos, eram brilhantes e macios (Sei disso porque fique mexendo no cabelo dela sem ela ver). Não como começou a nossa conversa, mas sei que fluiu, e de repente já estávamos combinando de ir para o bandejão juntos. Maravilha, agora tinha uma companhia para a guerra que era o Bandejão.Não sei se ela também estava desesperada pra conversar com alguém, mas ela foi muito simpática comigo. Seu nome é Clarice. Minha primeira amiga pós-UFF me acompanhou até o bandejão, onde encontrei mais três marmotas: Bruna, Karina e Michele. Elas estavam meio estressadas por causa do tumulto das filas, e eu me aproveitei da ocasião pra conversar com elas. Formou-se ali um laço. Almoçamos juntos, voltamos pra aula juntos, e eu ainda não sei o porquê, no outro dia fizemos tudo juntos de novo, porém com uma diferença, a presença da quinta amiga, a Paola. Essa última apareceu do nada conversando com a gente (mais tarde eu fui descobrir que eu é que era novato no grupo, as meninas, exclui-se a Clarice, já haviam se identificado no trote), e eu achei ela muito cara de pau, do jeito que eu gosto.
Conhecer essas garotas foi mais do que uma simples consequência de se frequentar um grupo novo. Elas agora fazem parte da minha família, e cada uma com seu jeito diferente completa as partes que faltam em mim. Parece meio idiota, mas eu oro pra chegar a segunda feira logo só pra poder rir junto delas, e elas rirem de mim...
Recentemente, uma nova menina vem nos seguindo pra cima e pra baixo, a Yui, desculpa, a Jessilaine. Ela é muito divertida, caladona, mas quando ela abre a boca é gargalhada garantida (BURACO).
Bem, se você quer entrar na faculdade e tem medo de não conhecer pessoas bacanas, não se preocupe, você vai achar pessoas tão loucas quanto você (Eu achei a Paola pra ficar dançando comigo dentro das lojas do Plaza, apertando as bonecas que cantam, e mudando as musicas dos DVD's de amostra, cantando Adele no maior volume possível). Mas se você for uma espécie de aluno ANU (Só pra quem entende), e procura pessoas à qual possam te promover, meu caro leitor, eu só lamento, pois tenho quase total certeza que a sua história é de fracasso, e enquanto você não olhar as pessoas pelo que elas são , e não pelo o que elas podem te oferecer, nada vai mudar, e sua vida será essa merda completa.

#FICA A DICA:  Não seja ANÚ!!!


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