domingo, 29 de abril de 2012

Amizades pós-UFF

Olá!
Não sei quanto a vocês, mas o meu maior medo ao entrar na UFF não era não conseguir nota, ou levar uma bala perdida, meu maior medo era das pessoas não gostarem de mim. Eu sei, eu já disse isso, mas reforço essa afirmação porque o assunto de hoje é amizade depois da UFF.
Todos vocês sabe que eu não participei do meu trote (vide primeiro post), então eu entrei na turma com uma pequena desvantagem, ainda não era conhecido (a não ser pelos meus comentários no facebook).
No meu primeiro dia de aula as pessoas foram simpáticas comigo, porém eu estava um pouco hostil quanto à reciprocidade da simpatia. Sou uma pessoa um tanto quanto psicótica, costumo enxergar coisas que talvez não existam, TALVEZ! 
Voltando um pouco na história, no dia das inscrições nas disciplinas eu também não tinha conversado com ninguém, ou melhor, eu pedi uma caneta emprestada para a Uly (essa garota é adorável, muito simpática). Porém, naquele dia eu vi que eu deveria tentar me enturmar ou passaria quase 5 anos solitário. As pessoas já estavam se conhecendo, se habituando umas com as outras, e eles tinham vantagem, eram do Rio!
O medo é uma coisa muito intrigante, ele nos impulsiona a fazer coisas que nós nem sabíamos que éramos capazes. Bom, em mim ele só causou medo mesmo. 
Retornando ao meu primeiro dia de aula. Eu faltei à aula da manhã, pois tinha acabado de chegar de Minas, e na república onde eu moro não havia ninguém, mas isso é história pra outro dia. Finalmente alojado, vesti minha bermuda, coloquei uma camisa amarela (super amarela) escrita Jesus TRANSforma (isso mesmo TRANSforma), e fui pra escola. Cheguei lá e vi todo mundo conversando no hall de entrada como se fossem amigos de outros tempo, e disse a mim mesmo "Sou um imbecil!". Sério, naquela hora eu me achei o cara mais ridícula da face da Terra. Sabe aquele momento em que você olha para as pessoas que estão ao seu redor e se pergunta o que está fazendo ali? Assim eu me sentia, tive vontade de voltar pra Ita(ninguém conhece)bira. Resolvi tentar puxar assunto com a primeira pessoa que me olhasse. Não deu certo, e perguntei pra alguém onde era a aula do 1º período, e ela me respondeu brevemente que não sabia, tentei de novo, perguntei se ela já tinha tido contato com a enfermagem antes, ela disse não, ou melhor, ela balançou a cabeça indicando um não. Desisti, subi as escadas e me informei com outra pessoa, e encontrei a sala. Quando eu entrei já tinha várias pessoas lá, sempre conversando, e eu parecendo um idiota vindo da roça. Uma alma bondosa enviada por Deus pronuncia a seguinte frase: "Você é o garoto do face né? Marlon é seu nome, não é?"
Aleluia, alguém iria conversar comigo!
Me virei e disse "Sim, sou eu!". A alma enviada por Deus era a menina do black (super estilo) power.
Me alegrei cedo demais, ela apenas completou "Prazer, Mayara!".
Fui estupido em não tentar dizer mais alguma coisa, mas fazer o que né? A aula já havia começado, e agora eu percebia que não ter ido ao trote era quase um suicídio social.
Quanto drama meu Deus! Algumas pessoas vieram conversar comigo depois da aula, por causa da minha camisa, mas foram diálogos curtos e diretos. Fui para casa sem nenhuma perspectiva de melhores amigos.
Aquele tinha sido um dia ruim, cheio, e super cansativo. Na manhã seguinte estava de humor mais doce e disposto a me enturmar. Nem me lembro mais que aula era, acho que de UEVA, só sei me sentei atrás de uma garota com os cabelos cacheados e cheios, parecia uma floresta de cachos, eram brilhantes e macios (Sei disso porque fique mexendo no cabelo dela sem ela ver). Não como começou a nossa conversa, mas sei que fluiu, e de repente já estávamos combinando de ir para o bandejão juntos. Maravilha, agora tinha uma companhia para a guerra que era o Bandejão.Não sei se ela também estava desesperada pra conversar com alguém, mas ela foi muito simpática comigo. Seu nome é Clarice. Minha primeira amiga pós-UFF me acompanhou até o bandejão, onde encontrei mais três marmotas: Bruna, Karina e Michele. Elas estavam meio estressadas por causa do tumulto das filas, e eu me aproveitei da ocasião pra conversar com elas. Formou-se ali um laço. Almoçamos juntos, voltamos pra aula juntos, e eu ainda não sei o porquê, no outro dia fizemos tudo juntos de novo, porém com uma diferença, a presença da quinta amiga, a Paola. Essa última apareceu do nada conversando com a gente (mais tarde eu fui descobrir que eu é que era novato no grupo, as meninas, exclui-se a Clarice, já haviam se identificado no trote), e eu achei ela muito cara de pau, do jeito que eu gosto.
Conhecer essas garotas foi mais do que uma simples consequência de se frequentar um grupo novo. Elas agora fazem parte da minha família, e cada uma com seu jeito diferente completa as partes que faltam em mim. Parece meio idiota, mas eu oro pra chegar a segunda feira logo só pra poder rir junto delas, e elas rirem de mim...
Recentemente, uma nova menina vem nos seguindo pra cima e pra baixo, a Yui, desculpa, a Jessilaine. Ela é muito divertida, caladona, mas quando ela abre a boca é gargalhada garantida (BURACO).
Bem, se você quer entrar na faculdade e tem medo de não conhecer pessoas bacanas, não se preocupe, você vai achar pessoas tão loucas quanto você (Eu achei a Paola pra ficar dançando comigo dentro das lojas do Plaza, apertando as bonecas que cantam, e mudando as musicas dos DVD's de amostra, cantando Adele no maior volume possível). Mas se você for uma espécie de aluno ANU (Só pra quem entende), e procura pessoas à qual possam te promover, meu caro leitor, eu só lamento, pois tenho quase total certeza que a sua história é de fracasso, e enquanto você não olhar as pessoas pelo que elas são , e não pelo o que elas podem te oferecer, nada vai mudar, e sua vida será essa merda completa.

#FICA A DICA:  Não seja ANÚ!!!


sábado, 28 de abril de 2012

Um sonho muito maluco...

Caros leitores, aqui vai um alerta. Não vire a noite antes da prova estudando, ou você vai ficar maluco!
Como vocês já sabem, essa semana eu tive prova de Bioquímica, Biofísica e Biologia Celular. A prova de Biofísica pra mim era a mais difícil, não estava entendendo a matéria muito bem.
Por que Deus existe e é bom, um veterano de alma caridosa resolveu nos dar uma monitoria extra em Biofísica um dia antes da prova. Sucesso de audiência na monitoria, calourada tudo desesperada pra aprender sinalização,  sinapse e junções neuromuscular. O Raí, nosso veterano bonzinho, explicou a matéria muito bem, tão bem, mas tão bem, que aquilo ficou na minha cabeça, mesmo dormindo. Sim, eu sonhei com a matéria de biofísica, mais especificamente com a sinapse química no sistema nervoso central.
Seria ridículo, se não fosse assustador!
Se seu nome for Karina Sampaio, você deve estar rindo tão alto, que as pessoas estão se perguntando se você está bem, ou se está passando mal, tendo algum tipo de convulsão de risos. Se você for uma pessoa normal... O que eu estou escrevendo? Ninguém que lê esse blog é normal.
Depois da monitoria, eu e Clarice Frontelmo ficamos na Aurora pra repassar a matéria, e pra ela me ensinar o que eu tinha perdido (cheguei atrasado). Depois eu passei no mercado, comprei uma lasanha congelada e uma barra de chocolate.
Cheguei ma minha casa decidido a estudar mais, porém o DVD me atraiu mais do que o The Cell, e infelizmente fui assistir o filme "Os pinguins do papai", e deixei pra estudar entes de dormir. 
Desespero, culpa minha, peguei o The (gigante) Cell, abri na página de sinalização, e comecei a ler. Não estava entendendo, eu já estava grogue e meus olhos já se cerravam por conta própria. Lavei meu rosto e fui ler a matéria que Rai tinha nos ensinado, fui lendo e relendo, e relendo, e relendo, e relendo.
Não sei o exato momento em que isso aconteceu, mas de repente eu me encontrava em um lugar enorme cheio  de um liquido gelatinoso.
Olhei pra cima e tinha uma película me separando de várias bolinhas brilhantes. Como num passe de mágica, algo me empurrou para perto da película e ela me uniu de forma mágica à essas bolinhas brilhantes. E então eu virei uma vesícula trasportadora de neurotransmissores.
Sério, eu estava em um neurônio, e era uma vesícula. Estava diretamente relacionado com a sinapse química. Ouvi uma voz me dizendo que eu deveria seguir um feixe de luz, ele me levaria até o meu destino.
Senti uma força me empurrando pra frente, e a cada lugar que a gente passava eu via uma espécie de platéia    olhando pra mim e rindo da minha barriga, que brilhava muito. As pessoas tinham a cara da professora de Biofísica, e tinham uma caneta na mão, com essa caneta riscava a película que me separava dela. A voz me disse que ela era uma célula doente do sistema imunológico, essa célula era demente e atacava o sistema nervoso furiosamente, destruindo a membrana que recobria o axônio. Sabia, ela tinha que ser doida.
Na minha jornada eu encontrei algumas outras vesículas desesperadas correndo no mesmo sentido que eu, uma delas estava em cima de uma prancha (achei muito estranho, mas talvez era uma vesícula surfista).
Finalmente, a luz me indicava que já tínhamos chegado, e de alguma forma ele nocauteou um segurança que guardava um portal, esse se abriu e deu passagem para ninjas vestidos de preto com a sigla Ca+  no peito.
Algo saiu de mim e começou a lutar com os ninjas, de repente eu vi que o que havia saído de perto de mim eram mulheres vestidas de colãs preto, elas e os ninjas começaram a dançar o "single ladies" e quanto mais eles dançavam, mais eu ia me aproximando de uma nova película, até que a musica parou e eu  ouvi uma voz dizendo assim: Segura na mão de Deus e vai... 
Não entendi mais nada, agora eu fazia parte da película, e podia ver as bolinhas brilhantes nadando rumo a uma torre com uma gaiolinha no topo, cada uma escolheu uma gaiolinha e se trancou la dentro. As torres começaram a emitir sinais para dentro da sua película. 
Eu estava novamente no meu quarto, com o The Cell debaixo do meu pescoço. Eu havia tido um sonho muito louco, era melhor parar de estudar e dormir, ou então eu começaria a acreditar que a matéria da prova era meu sonho, e o sonho era a matéria. Será?

#FICA A DICA: Não faça do The Cell seu travesseiro, o conhecimento NÃO vai passar por osmose!



quarta-feira, 25 de abril de 2012

Estudar, estudar e estudar

Não sei o porquê, mas sempre que pensava em faculdade me vinha logo a cabeça um lugar onde rolava festas o dia inteiro, pessoas com carrões, lugares bonitos pra se estudar relaxadamente, muita calma nas aulas, corredores onde aconteciam tudo, grupos bem distintos de vários tipos de pessoas...
Não foi bem desse jeito que a UFF se apresentou pra mim. Todos sempre dizem que as faculdades federais são boas não pela sua estrutura física, mas pelo seu capital intelectual, seus docentes altamente gabaritados e reconhecidos, pois bem, aceitei esse argumento. 
As festas sempre rolam, o problema é que não existe tempo pra estudar e badalar, ou uma coisa ou outra! Se você preferir ir a uma chopada e não estuda, certamente você verá as  conseqüências  nas notas das suas provas. E se você estuda e não se diverte, você vai virar um zombie.
Certamente você se privará de algumas coisas na faculdade para estudar de verdade. Sim, de verdade, ou você pensa que aquilo que você fazia no ensino médio era estudar? Caro leitor, a ultima prova fácil que você teve foi o vestibular!
Voltando pra minha vida, gostaria de compartilhar com vocês a minha ansiedade. Essa semana é a semana das provas BBB, sim, Bioquímica, Biofísica e Biologia Celular. Me matar de estudar não é o suficiente, principalmente pro ultimo B, eu tenho que tentar me ressuscitar de estudar, se é que vocês me entendem. As matérias não são difíceis, não são não, sério não são difíceis... tá bom, são um pouco complexas, digamos assim, porém na hora da prova eu revejo meu amigo de muito tempo, o Branco. Esse cara cisma de aparecer sempre na hora da prova. Eu queria ser o Branco, ele é muito popular, quem conhece o Branco levanta as mãos.

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Viu? Todo mundo conhece o Branco.
Meus professores sempre dizem que o tal do Branco é só pra quem não estudou. Mentira! Como você se esquece de algo que não sabe!? Não faz sentido, você só pode dar Branco se realmente souber, ou lembrar que sabe  mas não se lembrar de saber o que é que se sabe. Entendeu? Muito simples!
E é pior quando as matérias das provas são tão parecidas que chegam a se confundir, porém quem se confunde é você, e escreve a resposta de uma matéria na pergunta de outra.
Receio que agora para, mim, seja tarde pra começar um programa intensivo de estudos, mas fica a dica: Sempre estude MUITO antes de qualquer prova, uma pessoa preparada sempre se dá bem em tudo, inclusive na vida, e se você está desanimado porque está estudando em vez de estar em uma festa, lembre-se que o sacrifício sempre tem uma recompensa, lá na frente você pode me agradecer por te incentivar a estudar mais.

#FICA A DICA : Estude, estude, estude !!!

Preparando o trabalho de BIOCEL

domingo, 22 de abril de 2012

Santidade

Tem gente dizendo que o blog está fugindo ao tema. Eu não acho. FAlar sobre minha vida na UFF não é simplesmente dizer sobre as coisas que acontecem comigo lá dentro. É uma vida, isso envolve sentimentos, minha vida pessoal, social, e inclusive a acadêmica. Lembrando-me desse conceito, resolvi postar aqui uma letra que escrevi já faz um tempo, mas gosto muito dela. Sou evangélico, então a letra confirmará isso.

SANTIDADE

Senhor, quero sempre te agradar.
Ao teu lado sempre estar
Em qualquer situação.

Senhor, ajuda-me a andar,
Sempre te buscar, 
em santidade estar.

Quero ser santo, mostrar que te amo.
Fazer mais do que posso fazer.
Mostrar ao mundo a tua beleza Senhor...

Senhor, eu quero viver em santidade, 
Fazer teu querer, Tua vontade.
Vou te adorar, te exaltar, te entregar meu louvor..

Deus, vem quebrantar o meu coração, 
Derrama em mim tua unção,
Olha pra mim, mais uma vez e vê
Um verdadeiro adorador.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

O dia em que me perdi na UFF

Qual calouro nunca se perdeu na confusão de distribuição das salas da UFF? Reformulando, que aluno de ENFERMAGEM nunca se perdeu na UFF?
Para você que quer entrar na Federal Fluminense pense duas vezes antes de entrar. Vamos lá, pontos positivos: 
-Ótimo reconhecimento pelo MEC. Professores com pós-doc.Vários incentivos à pesquisa, extensão. Bandejão. Prestígio nacional e internacional. Projetos de mobilidade (nacionais e internacionais). Etc.
Pontos negativo:
- A UFF tem vários campus, porém cada um fica em um lugar diferente da cidade, então você tem que ANDAR muito de um lugar pro outro.
Mas como a federal é sempre vantajosa, até o ponto negativo é bom, porque você nem vai precisar de academia.
Eu, como sempre, não fiquei fora dos que se perderam.
Foram dois fatos importantíssimos relacionados ao meu engano territorial. O primeiro eu conterei hoje:

  -O dia em que não encontrei o Biomédico para uma aula que nem era lá - 

Era a minha primeira aula de biofísica, e me disseram que a aula era  no biomédico, e o biomédico era no Valonguinho. Lá vai eu, o calouro burro, sem nenhum conhecimento de Niterói, procurar o lugar da aula. Chego em frente ao valonguinho e pergunto: "Oi, você sabe onde acontecem as aulas de biofísica? Da Enfermagem?", e todos respondem "Não". Resolvo mudar a tática, e pergunto onde é o biomédico. Uma garota simpática me informou assim "Você pode ir pelas escadas por dentro do Valonguinho, que é o meio mais dificil, ou pode ir pela rua mesmo. Vai direto e vire na primeira a sua esquerda, continua reto e vai encontrar o prédio do Biomédico!"
Muito prestativa essa garota (descubro tempos depois que tomaria raiva da cara dela, aquela do marxismo de cabelo curtinho, rs), me ensinou direitinho, só se esqueceu de dizer que a rua bifurcava e não disse em que direção eu devia seguir. Em qualquer situação em que tenho que escolher entre um ou outro acabo sempre escolhendo o errado, por isso prefiro ter mais opções. Fui pela direita, e andei, andei, andei, e finalmente comecei a visualizar estudantes. Estava no campus da Praia Vermelha!. Quem é da UFF sabe que é muito longe do biomédico, e vai por mim, eu sei o quão longe é. Eu que estava adiantado pra aula quase meia hora, agora estava atrasado dez minutos. Uma outra garota muito legal me fez o favor de me dizer onde era o biomédico, pontos de referência e tudo mais. Consegui chegar lá, todo molhado de suor, mas cheguei. Pergunto para o porteiro se ele sabia onde era a aula de biofísica, ele me recomendou ir na secretaria e perguntar. Gente, a aula não era lá. Me recomendaram voltar na escola de enfermagem e me informar direito. Isso nunca! Eu já estava com cara de derrota, mas eu estava obstinado a chegar na aula. Pensei: A aula não é na EEAAC, não é no Biomédico, não temos aula no gragoatá, muito menos na medicina ou na praia vermelha, então só pode ser no Valonguinho, mas onde?
Lá vai eu pro Valonguinho. Vasculhei prédio por prédio do lado direito da entrada, passei pela Biologia, Quimica, Morfologia. Um espírito infeliz me disse que o prédio de física era na Praia Vermelha, ignorei. fui na biblioteca do Valonguinho e um guarda muito inteligente, e mandado por Deus, me disse que existia um prédio lá no fim do Valonguinho (estamos falando de um morro) que se chamava Física velha, e que tinha aula lá de vários cursos da saúde. Aleluia, uma informação. Lá vai eu, gordo, cansado, suado, e morrendo de raiva, passo por todos os lugares que já havia passado antes e descubro que virando mais um pouquinho a rua se erguia um prédio quase escondido. Fui subindo o morro e orando assim "Meu Deus, Tu sabes!" Não tinha mais forças nem pra orar em pensamento. Mas Deus existe é bom comigo, era aquele prédio. Pulei de alegria quando li que a turma de Biofísica do curso de Enfermagem tinha aula na sala 9. 
Entrei  muito alegre na sala 9, e fiquei mais alegre quando descobri que a temperatura da sala estava quase abaixo de zero (exagero). Quando entrei na sala, quase uma hora atrasado, senti vários olhos me olhando intrigados, e até hoje fico imaginando o que eles pensaram de mim naquele dia. Sentei-me, tirei o caderno pra fora e comecei a anotar a aula, quando alguém virou pra mim e disse, sua sala não é essa!
Não acreditei e perguntei a professora. Ela confirmou. Mas para a minha sorte, minha turma era na sala ao lado. Mas a vergonha que eu passei, o gasto de ATP, o tempo perdido, enfim... Esse blog não sobreviveria sem esses momentos.
O pior foi o pessoal rindo da minha cara depois que contei a história.

#FICA A DICA :  "CalourosSempre utilize um mapa na UFF, serve o do Google"


quinta-feira, 19 de abril de 2012

O bandejão

Quando o calouro chega na UFF a primeira coisa que ele pergunta é: Como funciona o esquema do bandejão?
Realmente, o que mais nos preocupa não são as aulas difíceis, os professores chatos, os pontos, os veteranos. Não, o que mais preocupa um calouro no primeiro momento na UFF é o tal do bandejão.
Pra quem não sabe, o "bandejão" é o restaurante universitário da UFF, o nosso restaurante universitário, e para usufruir dele, é necessário a confecção de uma carteirinha, a compra de um ticket de R$ 0,70 e enfrentar algumas filas malucas de desonestas.
Bom, o calouro, extremamente alegre, acha que é simples a primeira visita ao restaurante. Depois de uma aula exaustiva de bioquimica, eles resolvem fazer a tal carteirinha do bandejão. Bendito seja o cara que inventou as filas, pena que elas não servem pra nada na UFF.
O dia em que confeccionei meu passe pro bandejão, foi o mesmo dia em que adquiri fobia de multidão (exagero). Era um calor infernal, ainda não tinha me acostumado com o clima de Niterói, tinha aula dali a duas horas, a fome já quase me matava.Quando cheguei no Gragoatá e vi uma fila que virava, dava voltas, ia lá na frente, e voltava cá atrás, fazia zigue-zagues, eu perguntei  "isso é a fila pra comer?", e obtive a pior resposta da minha vida "não, é pra fazer a carteirinha". 
Eu estava quase desistindo daquilo. Olhei pra Clarice, ela olhou pra mim, nos olhamos a fila, e decidimos enfrentá-la naquele dia mesmo, pois como já disse, essa era a nossa maior inquietação. Felizmente, ou infelizmente, encontramos na fila uma colega da nossa turma, ela tinha deixado Karina, Bruna e Michele entrarem na frente dela, Clarice e eu aproveitamos a oportunidade e entramos atras das meninas.
O problema é que a turma toda teve a mesma ideia, e no fim de tudo, nós, que estávamos na frente (ou atras diretamente da menina inicial) acabamos ficando no fim da fila (da fila de enfermagem). Pra piorar a situação e me deixar mais traumatizado, outras pessoas estavam entrando na nossa frente sem mais nem menos, e quando estava chegando a nossa vez de pedir a carteirinha aconteceu um tumulto. Incrível como essas coisas só acontecem comigo, quase que fiquei fora do estávamos chamando de fila (vale lembrar o calor de matar, e minha roupa totalmente preta, de calça!).
Mas Deus é existe, e é bom comigo. Finalmente chegou a minha vez, e a mulher começou a digitar meus dados. Se a barra de espaço fosse o tempo que a gente gasta pra digitar a proxima letra, meu nome ficaria assim na minha carteirinha:
M                                                     A                                        R                            L
Assim já dá pra perceber que a senhora que faz as carteirinhas precisa urgentemente de um curso de digitação.
Minha surpresa: A carteirinha só fica pronta no dia seguinte.
Já tinha perdido a aula, perdido a paciência, a educação, dois litros de água já tinham evaporado, mas a fome e a honra prevaleceram invictas. MAS EU QUERO COMER HOJE!!!
"Calma, pra isso existem as carteirinhas provisórias, é so pegar uma aqui do lado."
Olhei pro lado e visualizei o paraíso. Um lugar sem muitas pessoas e um senhor simpático distribuindo um papelzinho como se fosse o seu santinho de campanha politica.
Que ódio! Se soubesse disso antes teria feito minha carteira outro dia.
Mas preferi levar pelo lado bom, o pior já passou, agora é só comer, e ir embora pra casa. Amanhã eu pego a definitiva e de boa...
HAHAHA.. é assim que os veteranos fazem quando veem um calouro dizendo que o pior já passou.
E no outro dia eu entendi o porque. TODOS que fizeram a carteirinha no dia anterior foram pegar a definitiva. OMG!

UFF, assim você me mata!



segunda-feira, 16 de abril de 2012

Aprendendo com os erros

Hoje demorei pra escrever aqui, vida de acadêmico não é mole não! Hoje o dia foi muito corrido, além de ter tido aula com o Luiz, e ter de almoçar no 1,09 (hoje estava horrível), tive que assistir a aula de Introdução à Metodologia de Pesquisa ( a aula estava legal, eu é que não estava), e depois ainda tive que ficar na EEAAC pra decidir o que faremos no nosso trabalho de Biologia Celular. Depois de chegar em casa, só deu tempo de tomar banho e começar a fazer o ED de Bioquímica (nunca deixem pra ultima hora) e ler o texto de H.E pra fazer um fichamento. 
Agora eu posso escrever aqui, tranquilamente, enquanto espero o sono vir.
Hoje, eu queria falar sobre a relação calouro x veterano, mas, um novo tema me veio à mente. Vou dizer aqui o quanto eu tenho aprendido com cada pessoa da minha sala.
Quando se entra na faculdade, espera-se de tudo de todos, e isso é um fato. Na minha turma existem pessoas de personalidades extremamente diferentes, mas mesmo com seus erros, e defeitos é possivel extrair algo bom  de cada uma. 
Hoje, conversando com pessoas da minha turma no Facebook, percebi o cuidado que já temos uns com os outros, o carinho delineado perfeitamente pela preocupação e  proteção. Aprender com as qualidades dos outros é muito fácil,o desafio é aprender com os defeitos, e com esse aprendizado ajudar os outros.
Aprendi com uma pessoa extremamente tímida da minha turma a ficar mais calado, apenas ouvindo, e falando só quando for solicitado, dessa forma eu aprendo mais, e evito falar o que não devo, porém com essa mesma pessoa, aprendi que a timidez não é tão legal assim, pois muitas oportunidades se desfalecem à sua postura passiva diante de diversas situações dentro e fora de sala. Essa pessoa me mostrou que devo me calar e ouvir, porém sabendo me impor, e fazer valer meus pensamentos, de forma bem decida e passível de outras opiniões.
Ainda tenho muito que aprender com cada um deles, e aguardo ansiosamente por essas oportunidades.
Aproveito esse espaço pra parabenizar minhas colegas de enfermagem, Bianca Giestal e Paola Lima, que fazem aniversário hoje. Felicidades meninas!

Dica: Nunca subestime o potencial do outro, nas situações mais adversas, ele vai te mostrar do que é capaz.


Abraços


domingo, 15 de abril de 2012

Seria fácil, se não fosse a SAUDADE !!!

Olá meus leitores, Hoje fui acordado pela voz mais linda que existe, a da minha mãe. Sim, por telefone, e as onze horas (hoje é domingo). Minha mãe não mora no Brasil, já fazem sete anos que ela está na Flórida - EUA, e por isso é muito bom toda vez que falo com ela, me sinto cheio de vida, meu dia fica mais alegre, e mato um pouquinho apenas dessa bendita saudade.
E falando em saudade, parei pra refletir em como o tempo trata esse sentimento de uma forma carinhosa, quando se ama alguém de verdade, com o tempo a saudade só vai aumentando, ficando mais forte, e cada vez mais insuportável, e acaba fazendo parte de nossas vidas, assim mesmo, dolorosa.
Pensar no passado e não lembrar das pessoas que fizeram parte dele, ou melhor, fazem parte da construção da sua vida, é comum, porém lembrar e sentir saudades é apenas para os que desempenharam papel principal nessas etapas.
Mas esse blog não era sobre a UFF? Sim, é sobre minha vida na UFF, e consequentemente a saudade faz parte dessa vida. Se você quer sair de casa pra estudar em outra cidade, lembre-se de que a saudade é uma matéria certa a ser ministrada em qualquer curso. Por isso dediquei o meu domingo a escrever sobre as pessoas importantes que me deixam o olhos cheios quando me lembro.
Como não começar pela minha querida mãe e irmãos, não há nada mais forte que o laço familiar, não o sangue, mas a verdadeira família. Lembro-me de quando gravei um vídeo onde conta nossa história, não é mãe (o link é esse homenagem a minha mãe). Meus irmãos, princialmente o Vinicius (quase um filho), a saudade faz realmente um homem chorar!.
Falar dos meus queridos amigos de Itabira é difícil, são tantos os que me marcaram, e que me deixam com muita vontade de jogar tudo pro ar e voltar pra Minas Gerais: Silas, Penélope, Bárbara, Mayara, Géssica, Charles, David, Thiago, Joise, Elis, Sandra, Fabi, Fran, a Sandra de Fran (kk), Déeh, Dammy, Dayse, Lud, Jhon, Baratão, Rafaela, Sheila, Miojo, Marcilio e Ana, Patricia, Cíntia. Tanta gente boa, todos  me ajudaram nos momentos mais difíceis, e principalmente o Silas, nas horas em que perdia a cabeça e descontava tudo nele, coitado, (kkk), obrigado pessoas por tudo. Saudades de vocês é muito forte, chega a dar um nó na garganta.
Tem também as meninas da Funcesi, como não lembrar daqueles momentos gostosos antes das provas de Bianquíssima? Onde nós ficávamos presos no laboratório de Fisiologia, e especulávamos as questões da prova prática. Ahhh, que saudade. Lembram das minhas faltas, das várias faltam, que coincidentemente sempre eram na quarta-feira? Uhuuu, cineminha na quarta era certo. Garotas, vocês são demais. Principalmente Franciane, que agora estuda UFV (Parabéns Fran, é nós na Federal), e compartilha o mesmo sonho que eu, o de ser médico (tá dificil hein Fran).
A saudade é boa! Sim, ela nos ajuda a lembrar os momentos felizes das nossas vidas, ou alguém ai sente saudades dos momentos tristes? Claro que não. Por isso eu gosto de sentir saudade de vez em quando, e matar ela rapidinho também.
Familia e amigos, eu amo vocês, e estar distante só me faz perceber o quanto eu dependo de todos, e o quanto vocês me fazem falta.
Beijo nos seus corações, e até amanhã!


sábado, 14 de abril de 2012

Um sábado de solidão

Entrar pra uma Universidade fora da sua cidade é bem complicado. São muitos rompimentos de relacionamentos, amigos, família, igreja, trabalho, sua vida praticamente começa de novo. Comigo não foi diferente, e ainda foi um pouquinho pior, além d me mudar de cidade, me mudei de estado.
Sabe aquele medinho bobo que dá na gente quando vamos fazer algo novo? Pois é. Quando me mudei pra Niterói o que me deixou com muito medo foi a ideia de ninguém gostar de mim. Eu não sou um cara que faço amigos facilmente, tenho uma personalidade muito forte, e se a pessoa não me mostra algo de bom, eu realmente não me envolverei com ela. A ideia é um pouco retrógrada mas, fazer o quê? Eu sou assim.
Felizmente, a turma de Enfermagem é extremamente bacana, e principalmente as minhas amigas Bruna, Clarice, Karina, Michele  e Paola, elas são demais. Não vou dizer que não tem pessoas que não me encham os olhas, porque realmente tem, mas isso talvez seja implicância minha, e eu não tenha dado a oportunidade dessas pessoas de mostrarem o que elas tem de melhor, ou eu não mostrei a elas o que EU tenho de melhor.
Amigos na UFF eu fiz, o porém e que eles pareciam vampiros ao contrário, quando o sol ia se pondo, eles sumiam. Na verdade a maioria da turma de enfermagem 2012.01  é da cidade do Rio de Janeiro, outros de UHUUU NOVA IGUAÇUUUU, outros de São Gonçalo, Magé, etc... Então eu ficava sozinho a noite, e nos fins de semana.
Mas o que deixava mais triste era não ter ninguém pra sair no sábado. Os meus sábados em minas eram cheios demaaaaaaais, de manhã sempre tinha algo diferente, ou um ensaio com a banda, ou uma visita ao abrigo comunitário, ou outra coisa qualquer, de tarde sempre ia na célula da igreja, e a noite SEMPRE ia a um lugar diferente, na maioria das vezes com meus amigos Silas e Penélope.
Em Niterói meus sábados estavam se resumindo a ligar a televisão assistir desenhos animados, clipes, jornais, programas idiotas de auditório, estudar sair de casa pra comprar comida pra semana, estudar,  ir ao Plaza assistir um filme (isso quase todos os dias, sou cinéfilo), navegar na net, estudar, assistir mais televisão, comer e dormir, além de estudar. Meus sábados são tão chatos que eu era capaz de orar pra pedir que a segunda feira chegasse logo. 
Mas, se você está lendo este blog e quer entrar em uma faculdade federal fora da sua cidade, fique calmo, depois as coisas melhoram, você começa a conhecer pessoas fora da faculdade, começa a criar um novo grupo social, as pessoas da sua turma se mudam para a cidade da faculdade, e tudo fica mais azul. Vai por mim. Isso ainda não aconteceu comigo (kkk) mas, espero que em breve meus sábados voltem a ser cheios. 
Uma coisa boa aconteceu essa semana, Clarice e Karina se mudaram pra Niterói, então eu acho que em alguns sábados terei companhia... Êbaaa!

"Clarice, Eu, Michele e Bruna, depois do bandeijão um energético grátis pra acompanhar o cineminha, matando a aula de História da Enfermagem"

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Um inicio diferente



Meu sonho é ser médico, creio eu que em breve ele se realiza, porém, enquanto não passo no vestibular de medicina, vou me acalentando com a enfermagem. Eu sei que parece babaquice, já que quero medicina o certo seria continuar estudando pra ela. Pois é! Mas eu não vi dessa forma, na verdade eu não quis ver dessa forma. Pra mim era melhor garantir a enfermagem de uma vez, e por incrível que parece, acabei gostando do negócio.
A UFF não é o meu primeiro contato com a enfermagem, eu fiz dois períodos em uma faculdade particular lá em Itabira-MG (antes que se perguntem que *@#&* de cidade é essa, é a cidade onde nasceu Carlos Srummond Andrade, e onde nasceu a empresa Vale), e esses dois semestres foram de suma importância pra eu querer entrar em uma federal pra cursar enfermagem.
Então veio o Enem. Fiz com o pensamento em medicina (sempre), mas com o coração em enfermagem (me apaixonei pela Florence, fazer o quê?). Resultado nas mãos, e agora? Que faculdade escolher? As pesquisas foram exaustivas, e se limitaram entre UFF, UFV, e UFSCAR. Uma no Rio, outra na terrinha Minas, e a ultima em São Paulo. Ó dúvida cruel. Acabei optando pela UFF, que além de ser ótima, ter prestígio internacional, era em cidade litorânea (mineiro adora uma prainha), ainda me concedia um bônus de 20% na nota por eu ter estudado em escola pública. Ao fim das inscrições, eis que sai o resultado da primeira chamada. Aprovado em 15º, poderia mentir e dizer que passei me primeiro ou segundo, mas mentir pra quê? Mesmo se tivesse passado em ultimo, o importante é que ESTOU DENTRO!!!
A correria depois da aprovação é a parte mais estressante do processo de entrada na faculdade. Filas pra tirar toda a documentação que faltava, entre históricos e um novo CPF. Mas enfim, consegui, e fui fazer minha matrícula. Não conheci ninguém que fosse fazer enfermagem, porém, conheci pessoas de História, Arquivologia, Eng. Civil. Depois que comecei a estudar, nunca mais os vi.
Não compareci no meu trote, infelizmente, mas foi muito legal pelo que acompanhei pela página da turma no facebook.
Iniciei a minha vida acadêmica na UFF quase uma semana depois do dia de inicio. E gostei muito das pessoas, principalmente das meninas mais loucas que já conheci: Bruna, Clarice, Karina, Michele e Paola...

Bom, meu inicio foi um pouco diferente, mas o que interessa é que passarei por uma das etapas mais importantes da minha vida cercado de gente boa, e na UFF!!!