terça-feira, 4 de outubro de 2016

PASSEI EM MEDICINA !!!

Começo esse texto dizendo que amo a Enfermagem, principalmente por ter me dado os melhores amigos que eu poderia querer.

O meu último post foi bem resolutivo. Descrevi brevemente sobre coisas que me aconteceram no período em que não postei nada aqui. Hoje, um amigo da faculdade nova (diz oi, Aléquiçandro) me lembrou sobre esse blog, e eu percebi o quanto ele me ajudou a passar por momentos difíceis e o também serviu de alguma forma para outras pessoas. E ao ler meu último post, vi que não havia deixado claro quais eram meus planos pra 2015. Pois bem, assim que voltei ao Brasil eu comecei um pré-vestibular. Foi uma loucura muito grande. Larguei todas as matérias obrigatórias da Enfermagem, me matriculei em apenas uma matéria optativa para não perder o vinculo com a faculdade (afinal, eu precisava manter a moradia estudantil e as bolsas, que inclusive me ajudavam bastante). O resto do tempo era dedicado totalmente ao #ProjetoMedicina2016.

No meu primeiro dia de cursinho já foi um soco no estômago. Cheguei um mês atrasado e o professor disse que era impossível alcançar o ritmo da turma, e que já havia perdido muito conteúdo. Provavelmente teria que fazer uns dois anos de cursinho se quisesse passar pra alguma federal - GUARDEM ESSAS PALAVRAS -

Engoli o choro e deitei o cabelo nos estudos. Montei um plano de estudos, e segui fielmente minhas convicções. Além disso, sempre tentava participar de rodas de conversas sobre política, saúde, movimentos sociais, economia, atualidades e outros assuntos com meus colegas da moradia , que foram essenciais no processo de desenvolver redações com bons argumentos. Além, claro, do meu professor de redação.

O pré-vestibular foi uma fase boa, eu diria. Estressante? Sim. Repetitivo? Demais. Vontade de morrer 3 vezes por semana? Não. 4 vezes, sábado e domingo também conta. Mas ainda assim eu curti. Conheci um pessoal legal, participei do processo de construção de sonho de várias pessoas, sonhei e acreditei junto delas, tive o suporte que precisava pra passar as fases difíceis, e o melhor foi ter a sensação de estar novamente no Ensino Médio. Foi como revisitar meu passado.

Foi um ano cheio de altos e baixos. Traição vindo de quem eu menos esperava. A mão amiga vindo da uma grande surpresa também. Novos laços, laços mais fortes, e laços rompidos. Foi um ano de experimentações. Tanto emocionais quanto físicas. Descobri um novo eu. Na verdade eu fiz um novo eu. CHOICES!

Fiz o Enem, e relaxei o resto do ano. Depois visitei novamente minha mãe e não me segurei de ansiedade até o dia em que saiu a minha nota : 758.12.
Eu vibrei muito, eu chorei muito, eu cantei, eu chorei de novo, eu agradeci, eu mandei mensagem pra todo mundo hahahah. Eu fui feliz naquele momento. Com aquela nota eu soube que poderia entrar na Medicina. E talvez nem precisasse ser no Acre (o que não seria nenhum problema pra mim, inclusive se não passasse pra nenhuma no Brasil, tentaria UBA, na Argentina.), que não era uma das minhas primeiras opções.

Da nota até o dia de inscrição foram dias de pura ansiedade. Vasculhei várias listas de chamada de espera de várias universidades, e fiz várias tabelas comparativas com minha nota. Mas no dia mesmo do SISU eu me esqueci de tudo aquilo e fiz escolhas baseadas nas notas, vagas e posição. No fim, acebei escolhendo UFPEL como primeira opção e UFRGS como segunda.

Na manhã do resultado final era o meu último dia nos EUA. Estava em Orlando quando soube que havia passado pra Medicina na UFPEL. Foi a maior festa. Muitas lágrimas, muitos abraços. E duas horas depois eu estava num avião voltando pro Brasil.

Me matriculei na UFPEL, apesar de ter passado pelo Prouni pra outras duas outras faculdades muito boas. No fim das contas, eu acabei passando no meio do ano pra Medicina na UFF e na UFRJ também. Além de ter passado no processo da Unifap. Gosto de lembrar das minhas conquistas, pois todas elas surgiram de muita adversidade. Muitas pessoas chegaram pra dizer que não era possível. Lembram do que aquele professor disse no meu primeiro dia de cursinho? Aquilo só serviu como um trampolim pra mim. Hoje ele me chama da "fodão" hahaha E não sou. Talvez até seja, mas sinto que minhas conquistas não são apenas minhas. Devo muito a todos que me ajudaram a chegar onde estou hoje. Se não fossem os amigos pra me levantarem, tratarem as feridas dos meus pés e me carregaram por parte do caminho, acho que não teria chegado ao final dessa jornada que foi passar pra Medicina.

Hoje moro em Pelotas, RS. Minha avó mora comigo. Tenho novos amigos, ótimos amigos. Sinto muita saudade dos amigos do Rio, e dos de Minas também. A pergunta que mais me fazem é se um dia eu pretendo parar em algum lugar. A resposta é sempre a mesma: Pra que ficar preso em um lugar só se eu posso ter o mundo? Quero terminar a faculdade de Medicina e fazer a diferença como médico.

Deixo um recado aqui pro Marlon de 2021.2

Cara, você está se formando (pelo menos deveria, esse era o plano original), e sei que somos muito diferentes (o marlon de 2013 não se parece nadinha comigo, o de 2016), mas apesar de todas as mudanças que ocorrem naturalmente nesses processos da vida e do viver, sei que dentro de você ainda existe aquela essência que nos move. Não seja aquele tipo de médico que costumávamos criticar (espero que as críticas às más práticas ainda estejam presentes), seja a diferença! Lembra? Seja sempre humilde, de coração aberto, de mente atenta e de postura respeitosa aos seus colegas. Seja empático. Seja empático. Seja empático. Não se deixe levar pelas dificuldade (só pra você se lembrar que elas não são tão grandes quanto parecem: Amanhã nós temos prova de ANATO 2. Se hoje tu está se formando, então Tavares foi fichinha, né? Espero que sim hahaha), você é maior que elas, e se não for, não tenha medo nem vergonha de dizer que não consegue sozinho. Conserve seus amigos, os bons amigos. Seja um bom amigo. Seja um bom filho. Não preciso nem lembrar todos os sacrificios que nossa mãe fez pra você se formar hoje. E seja feliz. Faça aquilo que te bote um sorriso no rosto. Dinheiro não é tudo. Felicidade é mais importante. Escolha sabiamente nosso caminho. Abraços, Marlon de 2016.

Ahhh, espero que não esteja solteiro ainda hein!


E para meus leitores, espero conseguir contar pra vocês mais dessa jornada louca que está sendo a Medicina.

Lembrem-se : Sonhem, acreditem, lutem, conquistem !

quarta-feira, 4 de março de 2015

É 2015, e onde eu estou?

Não sei se alguém ainda lê esse blog. Nem eu lembrava da existência dele. Parei de escrever por muitos motivos: Falta de tempo, falta de inspiração, cansaço mental, e por que não queria escrever mesmo hehehe. Mas hoje, enquanto pesquisava no google por meu nome, me deparei com esse blog novamente. Confesso que ler essas postagens antigas me deu tanta saudade, mas tanta saudade, que cá estou vos escrevendo novamente. 
Quem leu todas as postagens do blog deve ter percebido que sou um cara meio louco. Entrei na UFF no primeiro semestre de 2012, 3 anos atrás. Sabem também que eu era monitor de bioestatística. Devem se lembrar que minha mãe mora nos EUA, que eu não a via há mais de 9 anos. Provavelmente leram algo sobre eu querer cursar medicina e ter entrado na Enfermagem como segunda opção. E com certeza sabem que meu maior medo era não ter amigos. 
Se o blog fosse uma novela, provavelmente vocês perderam os capítulos de maior audiência da minha vida. Vou lhes atualizar, seguindo uma ordem cronológica mental ( sou péssimo nisso). 

1 - Eu amei ser monitor de bioestatística. Minha ex orientadora, Dra. Marilda Andrade, é uma anjo, que me deixou super a vontade dentro da disciplina, me dando autonomia e liberdade pra discutir assuntos importantes. As minhas amigas do curso de Estatística, Thais e Luciana, que também eram (são) monitoras, fizeram toda a diferença nesse período da minha vida. Como vocês perceberam, não sou mais monitor (não oficialmente). Por qual motivo? Porque sou burro. Eu explico: Na UFF, todos os monitores devem desenvolver um projeto de monitoria, algo que auxilie o processo de ensino-aprendizado dos alunos. Pois bem, eu pensei e desenvolvi meu projeto, escrevi de acordo com as normas da divisão de monitoria os resultados, a minha orientadora aprovou o trabalho final, inclusive fomos aceitos para apresentação no 65º Congresso Brasileiro de Enfermagem, e eu apresentei no congresso,  mas... No dia de apresentar meu trabalho à banca na semana de monitoria, eu simplesmente errei o dia. ERREI O DIA ... Eu lamentei, me desculpei com a professora, mas infelizmente a UFF é bem rigorosa. Tentamos explicar o ocorrido, e provamos que estava tudo pronto, maaaas, errei feio, errei rude. A disciplina perdeu a bolsa de monitoria. Pra compensar meu erro, fui monitor voluntário por um ano. PS: Ainda esse ano não temos um novo monitor, pois a professora não quis concorrer ao edital.

2 - Aconteceu o VER-SUS na minha vida. Isso é assunto pra outro dia, pois foram muitas experiências. Mas foi a partir dele que meus olhos se abriram para a Saúde Coletiva.

3 - Eu consegui o visto para os EUA, e finalmente matei a saudade da minha mãe e irmãos. (inclusive estou na casa dela neste momento, no fim das férias mais legais da minha vida).

4 - Entrei para a Moradia Estudantil da UFF. Chega de aluguel, chega! A moradia é assunto pra outro dia também, pois é um assunto bem polêmico. Mas adianto que vivi algumas das melhores experiências da minha vida lá na moradia. PS: Fiz grandes amigos. 

5 - Namorei intensamente , terminei de forma mais intensa ainda. Ainda estou a procura de um amor novo.

6 - Fui pra Europa, Conheci Paris, e algumas cidades de Portugal, incluindo Lisboa. Aliás, passei pro intercâmbio em Portugal, mas desisti de ir, o motivo um dia vocês saberão.

7 - REPROVEI. Sim, reprovei gente. Adivinhem? Por falta de vergonha na cara. Reprovei por faltas, e não foi uma nem duas matérias, foram 3. Isso mesmo. Faltar me fez reprovar. Então se você é calouro e está lendo isso, cuidado com suas faltas, principalmente na Enfermagem, a maioria dos professores reprovam por falta, mesmo quando você tem nota para passar.  Duas dessas reprovações não me atrasariam muito, daria pra recuperar com algumas tr3t4s , mas a reprovação na discipina de FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM 2, me fez atrasar um período inteiro. Fiquei um semestre fazendo 1 matéria, porque faltei 3 dias além do limite, e olha o mais legal, tinha mais do que nota suficiente pra passar. Me odiei por isso, mas me fez perceber muitas coisas. Tive que fazer todos os estágios de novo, as provas, os trabalhos, e por desaforo faltei de novo, só que dessa vez eu fiquei controlando pra faltar o limite permitido. No final passei com a maior nota da turma (ou seja, mostrei que presença em sala não mede conhecimento de ninguém... Há controvérsias ~ por parte dos haters~). 

8 - Entrei num núcleo de pesquisa ( que foi criado por iniciativa da Carol Mota e minha) em Sáude Coletiva. Escrevemos vários trabalhos, inclusive fomos aceitos no Congresso Mundial de Saúde Coletiva na Índia (não fomos por falta de verba), e no Congresso de Pesquisa Qualitativa em Saúde, em Medellin, Colômbia (esse eu fui, e conto depois como foi). Por causa desse núcleo me aproximei de pessoas que havia julgado mal no passado, uma delas é a minha professora favorita, a louca da Márcia Gentil. Nunca vi um professor fazer o que ela faz. O suporte que ela dá aos seus alunos é fantástico, e a forma como ela interage de igual pra igual é uma coisa admirável (Bj Márciaaa!). Também me rendeu um lattes melhor (bem melhor, diga-se de passagem). Publiquei 4 artigos!!! 

9 - Estou seguindo meus sonhos. No momento posso dizer que a Enfermagem tem sido uma escola da vida pra mim. Como disse minha amiga Michele " Vivemos tantas coisas.. ", e vivemos mesmo. 3 anos se passaram muito rápido, Como acadêmico já fui monitor, extensionista, pibic... Como ser humano sofri acusações, preconceitos, alegrias, descobertas, e amadureci. Talvez um dia eu olhe para trás e leia este blog com outros olhos. Mas sei que quando chegar nessa parte que escrevo agora, terei a certeza de que fiz tudo do jeito que deveria ser feito. Semana que vem volto pro Brasil, e as aulas na UFF vão começar... O que esse ano tem reservado pra mim eu não sei, mas sei que é muito maior  e melhor do que eu posso imaginar!!!

10 - O blog vai voltar , e vou contar com vocês pra conseguir passar por tudo que esse ano está trazendo. Acreditem, muita coisa vai acontecer !! So, Let's play the game!


 "Quero tudo novo de novo. Quero não sentir medo. Quero me entregar mais, me jogar mais, amar mais. Viajar até cansar. Quero sair pelo mundo. Quero fins de semana de praia. Aproveitar os amigos e abraçá-los mais. Quero ver mais filmes, ler mais. Sair mais. Quero não me atrasar tanto, nem me preocupar tanto. Quero morar sozinho, quero ter momentos de paz. Sorrir mais, chorar menos e ajudar mais. Quero ser feliz, quero sossego. Quero me olhar mais. Tomar mais sol e mais banho de chuva. Preciso me concentrar mais, delirar mais. Não quero esperar mais. Quero fazer mais, suar mais, cantar mais e mais. Quero conhecer mais pessoas. Quero olhar para frente. Quero pedir menos desculpas, sentir menos culpa. Quero mais chão, pouco vão e mais bolinhas de sabão. Quero ousar mais. Experimentar mais. Quero menos ‘mas’. Quero não sentir tanta saudade. Quero mais e tudo o mais. E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.

Fernando Pessoa

as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.

2 Coríntios 5:17QA
as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.

2 Coríntios 5:17
as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.

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as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.

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as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.

2 Coríntios 5:17
as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.

2 Coríntios 5:17


sábado, 27 de abril de 2013

Minha primeira monitoria

Estou escrevendo hoje no blog, na verdade porque estou muito triste (?), pra tentar esparecer um pouco, e pra dar uma atualizada também.
Desde de que entrei na UFF, sempre meus pais me perguntam quando eu iria começar a ganhar dinheiro, quando eu tentaria uma bolsa, quando eu começaria a sair debaixo da dependência deles. Infelizmente, serei dependente até o fim da faculdade, pois meu curso é integral e não quero me atrasar trancando um dos turnos.
Com o lance da greve, não consegui me inscrever na bolsa acolhimento, no ínicio do primeiro período, o que me fez ficar dois períodos sem perspectiva de bolsa nenhuma (A UFF oferece bolsas de ano em ano). 
Pra ser sincero, eu não tinha muitas esperanças de conseguir alguma bolsa de auxílio da UFF não. Minha situação econômica não é a melhor, mas eu não passo nenhuma dificuldade, e tenho tudo o que preciso. Pensei que quando fosse mostrar meus comprovantes de gastos e rendimentos, seria barrado. 
Enfim, cheguei ao terceiro período, inicio do ano, inscrições pra quase todos os tipos de bolsa. 
Me increvi em duas bolsas de auxílio (moradia e desenvolvimento acadêmico). Juro que nem liguei pra minha inscrição, estava confiante de que não conseguiria em hipótese alguma, até porquê eu não iria a Minas só pra buscar alguns documentos (meu pai poderia enviar por sedex, mas eu tava fazendo corpo mole mesmo e colocando todos os obstáculos).
No fundo, acho que aceitar a derrota antes mesmo de tentar, evita sofrer, mas também evita uma vitória.
Pensando assim, decidi juntar os documentos que tinha em casa mesmo (isso no último dia de enviar os documentos pra reitoria), que se limitavam aos meus documentos de identificação, recibos de aluguel e um extrato bancário, além de várias declarações feitas a próprio punho. 
Levei, entreguei, e joguei um "vai que dá certo", depois esqueci e continuei desacreditado.
As inscrições pra monitoria abriram logo depois, o que me deixou mais esperançoso, e com vontade de pegar uma das bolsas. Além do valor ser maior, eu ganharia uma monitoria no meu currículo, e a possibilidade de ter meu nome em alguns projetos e artigos. 
Claro que tinha minhas matérias favoritas, logo uma preferência por elas, mas pra garantir que conseguiria uma bolsa, me inscrevi em todas os processos seletivos que me era permitido. 
Isso me gerou alguns desentendimentos com uma ou duas pessoas da minha turma, mas logo foi resolvido. 
Apesar de ter me inscrito pra várias monitorias, eu fiz a prova apenas de duas. Na verdade, queria muito conseguir a monitoria de CHSS (Ciências Humanas e Sociais na Saúde), apesar de ser uma pessoa de mente muito exata, muito positivista, eu queria interagir mais com esse lado fenomenológico da Enfermagem. Pedi auxílio da ex monitora da disciplina e ela me orientou quanto a bibliografia, questões da prova, e como me portar na entrevista (Paro aqui pra fazer um agradecimento especial à monitora Mara Barbato, que me incentivou e me auxiliou nessas horas... Obrigado). Peguei um livro super legal, que não consegui ler todo até o dia prova (mas ainda estou lendo ele, pois realmente é muito bom). Estudei, me dediquei, fiquei apreensivo, e fui fazer a prova. Como essa matéria não é muito apreciada, por ter um conteúdo muito pesado e filosófico, apenas uma aluna do 5º período e eu fomos fazer a prova. 
De fácil a prova não tinha nada. Pouquíssima coisa do que eu estudei caiu. Foram cinco questões discursivas, super pesadas. Apesar de ter um conhecimento muito limitado na matéria, consegui me sair bem. Tinha a certeza de alguns erros, mas a esperança dos acertos era maior. Pra minha agonia, o resultado não foi publicado no mesmo dia. 
A professora Rose Rosa divulgou o resultado uma semana depois. Quando li que tinha sido aprovado fiquei muito feliz, pulei, comemorei, dancei. Ai depois parei pra ler direito. Fiquei aprovado, mas a outra garota que foi classificada. Ei fiquei chocado. Tirei nota nove, em dez, e não passei. Enfim, me desmotivei totalmente. Tinha perdido as outras provas, pois tinha quase certeza de que tinha passado na monitoria de CHSS. O que me restava agora era Histologia, Anatomia, Embriologia e Bioestatística.
A única que me agradava era Bioestatística, mas a concorrência no sistema estava alta, e minhas concorrentes eram umas das melhores alunas da turma. Fiquei com medo, mas mesmo assim fui fazer a prova pra desencargo de consciência. Peguei a matéria na noite anterior pra dar uma revisada. 
Quando cheguei pra fazer a prova, não havia ninguém ainda, mas depois chegou a Samara, a CDF da turma, e logo depois do início da prova, a Mayara, que também é muito inteligente. Medrei, mas continuei fazendo a minha prova.
As questões estavam fáceis, o que complicava era que a maioria era teoria, e eu estudei mais a parte de cálculos, que era o mais difícil. 
Fiz os cálculos de forma simples, e respondi de forma sucinta.
Entreguei minha prova com meia hora após o inicio e fiquei esperando as meninas acabarem, pra fazermos a entrevista.
Quando as meninas sairam da prova, descobrimos que a entrevista seria com os três na mesma hora. A professora nos chamou e começou a explicar o que tínhamos errado na prova, e depois nos entregou. Eu fiquei com a maior nota dos três, (9.0), e ao fim do discurso, a Marilda disse que eu tinha sido classificado. 
Eu não acreditei, afinal, não tinha criado expectativa nenhuma. Surtei, essa era a melhor monitoria que eu podia ter pegado, não me prenderia horário, e era uma matéria que eu adorava, e me dava super bem Na mesma hora comecei a fazer planos com o dinheiro.
Foi assim que consegui minha primeira monitoria. Em meio à desesperança. 
Por isso fica a dica: Sempre acredite em você, e nunca desista no meio do caminho, você pode se surpreender.

Obs: Essa semana eu tive a primeira aula, e fiquei muito feliz ao ler no cronograma Monitor: Marlon (EEAAC). Comecei com o pé direito, já sugerindo várias alterações na metodologia e uma questão pra um projeto futuro

Espero que tudo dê certo :D

sábado, 6 de abril de 2013

Depois de um ano...

Ás vezes eu me sinto tão mal, tão triste, tão sozinho. Definitivamente a UFF tem sido mais que uma escola de Enfermagem, ela tem sido uma escola da vida. Tenho aprendido tantas coisas, tenho vivido tantas experiências, estou lidado com várias situações extremantes, sinto que estou amadurecendo.
Se hoje eu voltasse pra Minas, com certeza as pessoas me achariam muito diferente, e com razão, porque eu realmente mudei, sou uma nova pessoa, com uma personalidade um pouco diferente. Ainda continuo com alguns defeitos e manias, a teimosia, a arte de esconder meus sentimentos, a frieza em lidar com situações que pedem um pouco mais de sensibilidade. Enfim, eu mudei, a UFF me mudou, a vida tem me moldado. 
Mas o que eu quero passar com esse texto? O que isso tem a ver com minha vida acadêmica? Oras, tem TUDO a ver. A cada fase da faculdade você se enxerga de uma forma diferente, o primeiro período tudo era muito estranho, mas ao mesmo tempo deslumbrante, era um mundo novo a cada passo dentro da UFF, já o segundo período (para mim), foi um período de incertezas, de muitas dúvidas, de momentos em que eu quase desisti (outros tantos desistiram), e sinto que esse período que está começando pra mim, o terceiro, será um período de real adaptação, não só porque a minha grade está toda bagunçada, por causa dos meus devaneios no período passado, mas porque EU estou em fase de adaptação
É, demora, estou no Rio de Janeiro ha um ano e ainda não me acostumei. Me faço de forte, tenho que me fazer de forte, mas por dentro eu estou desmoronando, me sentindo um fiasco. Estou cheio de amigos, pessoas que me amam, mas esse processo lento e triste de se tornar independente é o que me deixa pra baixo. 
Minhas férias mal começaram e já estão quase acabando. Eu, sinceramente, estou muito feliz de já estar acabando. Questões pessoais me fazem querer estar na faculdade, se possível o dia todo. Ocupar a mente, me sentir produtivo, me sentir útil
Agora deixando de lado essa minha vertente melancólica, queria compartilhar com vocês a loucura que está sendo a inscrição em disciplinas esse período. 
Pra quem já é da UFF sabe que o IDUFF não é lá o melhor sistema do mundo. E pra quem ainda é calouro, ou não entrou na UFF, vocês conhecerão o tão falado "período de inscrição online - O DESESPERO". 
Tá, não é bem assim não, se você for um aluno com CR alto vai ser tranquilo, mas se não for, você se verá na cornucópia (para os fãs de jogos vorazes, quem não conhece é só pesquisar no google), e tentará dissuadir todos que você conhece a não se inscreverem nas mesmas turmas que você. 
Eu não tive, ainda, o problema de ficar como excedente em alguma turma, porém sempre há esse medo. Nesse período estou com mais medo ainda, depois de ter reprovado uma matéria de carga horária pesada, tive que reajustar toda a minha grade. Estou dependendo da aprovação nas turmas que escolhi, senão estarei f**ido.
Acabei de finalizar minha inscrição nas disciplinas. Resultado final: 15 turmas, entre práticas e teóricas,, 1110 horas. Esse período será puxadíssimo, mas estou confiante e determinado.
Que venha o 3º período! ESTOU PRONTO!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

A greve

Desde já me desculpo se porventura ofender a alguém , ou a sua ideologia. Infelizmente, logo no meu primeiro período, estou tendo que enfrentar uma greve. Isso mesmo, greve dos docentes, ou seja, aula nas férias. Que eu seja bem claro: Sou a favor da greve justa, sempre! Sou a favor das diretrizes desta greve, os alunos da UFF também, por isso aderiram o movimento e também deflagraram greve. O que me deixa enfurecido com tudo isso é que mesmo após a greve ter sido aprovada, existem professores que não aderem e dão aulas normalmente. O pior são os alunos que acham que possuem visão crítica acerca do assunto, mas não possuem, e que se sentem ameaçados por esses professores que não aderiram a greve, mesmo tendo deflagrado a greve estudantil.
"A greve segundo o texto da Lei 7.783/89 é a suspensão coletiva, temporária e pacifica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços a empregador. Essa paralisação coletiva das atividades dos trabalhadores tem como objetivo exercer pressão, visando à defesa ou conquista de interesses coletivos, ou com objetivos sociais mais amplos."
Greve é atitude, não é simplesmente dizer estou em greve e ficar se preocupando com o que está perdendo não tendo as aulas. O objetivo maior da greve deve ser alcançado, e isso tem um custo, para os alunos, para os professores e principalmente para o Governo.
Na posição de aluno tenho que lamentar o fato de ter que estudar no período de férias, mas ainda assim prefiro estudar nas férias TODAS as matérias, a estudar agora 1 matéria e nas férias o restante delas.
Isso seria óbvio pra qualquer um. Mas não é!
Caros leitores, com já sabem, eu sou mineiro, tenho gastos elevados para estudar longe da minha casa. Os prejuízos da greve são relativamente superiores pra mim, do que para os alunos que moram em Niterói, ou não pagam república. Então, se é pra fazer a greve, vamos fazer direito, vamos lutar junto com os professores em prol da causa. Lembrem-se: Se a greve está acontecendo é porque a situação não está boa. Vamos melhorar isso para não ter que acontecer uma nova greve.
Aos meus companheiros de turma: Vamos lutar para bem coletivo! Sem egoísmos, vamos analisar todos os pontos, prol's e contras, e decidir o que é viável para todos, sem esquecer que somos um time.
Aos docentes: Para os que aderiram a greve, espero sinceramente que ela acabe logo, com seus objetivos alcançados, e que façam valer a melhoria das condições de trabalho da profissão, dando uma atenção maior para a arte de ensinar.
Peço desculpas novamente aos que porventura ofendi, mas deixo bem claro que tenho uma opinião, e posso tirar minhas próprias conclusões, não necessito de discursos bonitos e vazios de sentido. 

#FICA A DICA: Questionem-se sempre! Será que realmente vale a pena?



domingo, 13 de maio de 2012

Mãe

Hoje é domingo, dia das mães. O que eu posso dizer sobre minha mãe nesse dia tão especial pra ela? As palavras que eu conheço não conseguem expressar o tanto que eu a amo. Hoje, para mim, é um dia um pouco triste, pois todos os meus amigos estão comemorando o dia das mães, junto com suas mães, eu, no entanto, estou sozinho no meu quarto escrevendo nesse blog, a mais de 6500 km de distância da minha mãe. Mas fico feliz por saber que tenho uma mãe que mesmo longe, sempre está presente na minha vida, me ajudando, me aconselhando, me apoiando nas minhas decisões, me corrigindo quando erro. As mães falam que um filho muda a vida de qualquer mulher, mas acho que elas se esqueceram de como é ser apenas filho. Minha mãe fala que eu sou um presente de Deus pra ela, mas acho que quem ganhou o presente foi eu, Deus foi muito bom comigo ao me deixar ser filho dela. Ainda me lembro de quando era criança e ela sempre me acordava pra ir pra escola, o meu café já estava pronto, e ela me levava até a escola antes de ir trabalhar. E quando chegava a noite, ela sempre vinha na minha cama e orava comigo, me cobria e me dava um beijo de boa noite. Lembro-me bem de quando ela engravidou do meu segundo irmão, passou muito mal antes de descobrir a gravidez, suspeitando de dengue, e eu era pequeno, achei que ela ia morrer. Subi em sua cama, a abracei e comecei a orar baixinho, pedindo Deus pra curar ela, e todos os dias eu ia lá cuidar dela, levava água, abraçava, perguntava se precisava de algo, me preocupava. Acho que foi ali que começou o desejo pelo cuidar. Ao longo da sua gravidez não foi diferente, eu conversava com a barriga dela todos os dias, e ela gostava disso. Eu a amo muito, acho que agora amo muito mais do que antes. Minha mãe ter ido buscar um futuro melhor pra nós em outro país me fez ver o quão ela é importante pra mim, o quanto eu dependo dela. Choro ainda ao lembrar dos momentos únicos que nós vivemos, e fico muito feliz em saber que eles estão prestes a voltar de novo.
Hoje, eu queria dizer pra minha mãe que eu a amo demais, desejo a ela e a todas as mães um super dia, que vocês possam receber um pouco do amor, carinho e dedicação que vocês ministram sobre nós todos os dias. Muita alegria pra todos !
FELIZ DIA DAS MÃES!!!





~MINHA MÃE ~

domingo, 29 de abril de 2012

Amizades pós-UFF

Olá!
Não sei quanto a vocês, mas o meu maior medo ao entrar na UFF não era não conseguir nota, ou levar uma bala perdida, meu maior medo era das pessoas não gostarem de mim. Eu sei, eu já disse isso, mas reforço essa afirmação porque o assunto de hoje é amizade depois da UFF.
Todos vocês sabe que eu não participei do meu trote (vide primeiro post), então eu entrei na turma com uma pequena desvantagem, ainda não era conhecido (a não ser pelos meus comentários no facebook).
No meu primeiro dia de aula as pessoas foram simpáticas comigo, porém eu estava um pouco hostil quanto à reciprocidade da simpatia. Sou uma pessoa um tanto quanto psicótica, costumo enxergar coisas que talvez não existam, TALVEZ! 
Voltando um pouco na história, no dia das inscrições nas disciplinas eu também não tinha conversado com ninguém, ou melhor, eu pedi uma caneta emprestada para a Uly (essa garota é adorável, muito simpática). Porém, naquele dia eu vi que eu deveria tentar me enturmar ou passaria quase 5 anos solitário. As pessoas já estavam se conhecendo, se habituando umas com as outras, e eles tinham vantagem, eram do Rio!
O medo é uma coisa muito intrigante, ele nos impulsiona a fazer coisas que nós nem sabíamos que éramos capazes. Bom, em mim ele só causou medo mesmo. 
Retornando ao meu primeiro dia de aula. Eu faltei à aula da manhã, pois tinha acabado de chegar de Minas, e na república onde eu moro não havia ninguém, mas isso é história pra outro dia. Finalmente alojado, vesti minha bermuda, coloquei uma camisa amarela (super amarela) escrita Jesus TRANSforma (isso mesmo TRANSforma), e fui pra escola. Cheguei lá e vi todo mundo conversando no hall de entrada como se fossem amigos de outros tempo, e disse a mim mesmo "Sou um imbecil!". Sério, naquela hora eu me achei o cara mais ridícula da face da Terra. Sabe aquele momento em que você olha para as pessoas que estão ao seu redor e se pergunta o que está fazendo ali? Assim eu me sentia, tive vontade de voltar pra Ita(ninguém conhece)bira. Resolvi tentar puxar assunto com a primeira pessoa que me olhasse. Não deu certo, e perguntei pra alguém onde era a aula do 1º período, e ela me respondeu brevemente que não sabia, tentei de novo, perguntei se ela já tinha tido contato com a enfermagem antes, ela disse não, ou melhor, ela balançou a cabeça indicando um não. Desisti, subi as escadas e me informei com outra pessoa, e encontrei a sala. Quando eu entrei já tinha várias pessoas lá, sempre conversando, e eu parecendo um idiota vindo da roça. Uma alma bondosa enviada por Deus pronuncia a seguinte frase: "Você é o garoto do face né? Marlon é seu nome, não é?"
Aleluia, alguém iria conversar comigo!
Me virei e disse "Sim, sou eu!". A alma enviada por Deus era a menina do black (super estilo) power.
Me alegrei cedo demais, ela apenas completou "Prazer, Mayara!".
Fui estupido em não tentar dizer mais alguma coisa, mas fazer o que né? A aula já havia começado, e agora eu percebia que não ter ido ao trote era quase um suicídio social.
Quanto drama meu Deus! Algumas pessoas vieram conversar comigo depois da aula, por causa da minha camisa, mas foram diálogos curtos e diretos. Fui para casa sem nenhuma perspectiva de melhores amigos.
Aquele tinha sido um dia ruim, cheio, e super cansativo. Na manhã seguinte estava de humor mais doce e disposto a me enturmar. Nem me lembro mais que aula era, acho que de UEVA, só sei me sentei atrás de uma garota com os cabelos cacheados e cheios, parecia uma floresta de cachos, eram brilhantes e macios (Sei disso porque fique mexendo no cabelo dela sem ela ver). Não como começou a nossa conversa, mas sei que fluiu, e de repente já estávamos combinando de ir para o bandejão juntos. Maravilha, agora tinha uma companhia para a guerra que era o Bandejão.Não sei se ela também estava desesperada pra conversar com alguém, mas ela foi muito simpática comigo. Seu nome é Clarice. Minha primeira amiga pós-UFF me acompanhou até o bandejão, onde encontrei mais três marmotas: Bruna, Karina e Michele. Elas estavam meio estressadas por causa do tumulto das filas, e eu me aproveitei da ocasião pra conversar com elas. Formou-se ali um laço. Almoçamos juntos, voltamos pra aula juntos, e eu ainda não sei o porquê, no outro dia fizemos tudo juntos de novo, porém com uma diferença, a presença da quinta amiga, a Paola. Essa última apareceu do nada conversando com a gente (mais tarde eu fui descobrir que eu é que era novato no grupo, as meninas, exclui-se a Clarice, já haviam se identificado no trote), e eu achei ela muito cara de pau, do jeito que eu gosto.
Conhecer essas garotas foi mais do que uma simples consequência de se frequentar um grupo novo. Elas agora fazem parte da minha família, e cada uma com seu jeito diferente completa as partes que faltam em mim. Parece meio idiota, mas eu oro pra chegar a segunda feira logo só pra poder rir junto delas, e elas rirem de mim...
Recentemente, uma nova menina vem nos seguindo pra cima e pra baixo, a Yui, desculpa, a Jessilaine. Ela é muito divertida, caladona, mas quando ela abre a boca é gargalhada garantida (BURACO).
Bem, se você quer entrar na faculdade e tem medo de não conhecer pessoas bacanas, não se preocupe, você vai achar pessoas tão loucas quanto você (Eu achei a Paola pra ficar dançando comigo dentro das lojas do Plaza, apertando as bonecas que cantam, e mudando as musicas dos DVD's de amostra, cantando Adele no maior volume possível). Mas se você for uma espécie de aluno ANU (Só pra quem entende), e procura pessoas à qual possam te promover, meu caro leitor, eu só lamento, pois tenho quase total certeza que a sua história é de fracasso, e enquanto você não olhar as pessoas pelo que elas são , e não pelo o que elas podem te oferecer, nada vai mudar, e sua vida será essa merda completa.

#FICA A DICA:  Não seja ANÚ!!!